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Origem do RPG

Mundo das Trevas (no original World of Darkness) é o nome dado a dois cenários criados pela editora norte-americana White Wolf e na versão em português fabricado pela Livraria Devir. Os dois universos carregam o tema horror gótico como sua principal característica.

Sua primeira ambientação, que segundo seus criadores tem a temática descrita como punk-gótico, deu-se em 1991, como plano de fundo para o jogo Vampiro: A Máscara, tendo sido descontinuada em 2004, com a publicação da série Time of Judgment.

 

O Mundo das Trevas se parece muito com o ocidente de nossa realidade em fins do século XX, com as mesmas pessoas, nações e cidades, mas de um ponto de vista mais caótico, sombrio e sinistro. A humanidade perde cada vez mais a fé e a esperança, uma vez que se tornaram refeição de criaturas sobrenaturais que espreitam nas sombras. Vampiros, lobisomens e fantasmas são alguns dos habitantes mais comuns das trevas que se aproveitam dos mortais para refeição, reprodução, escravidão ou a mais simples e sinistra diversão. A maioria dessas criaturas não age de forma solitária, mas formam complexas sociedades muito parecidas com a civilização humana. No Mundo das Trevas, as criaturas da escuridão estão aos montes ao redor do globo tornando-se assim a forma de vida dominante no planeta, e como dito antes tratando os humanos como alimento, diversão ou peões em jogos macabros de poder que se estendem por séculos, já que a maior parte desses seres são imortais ou extremamente longevos. Os únicos humanos que conseguem se sobressair e conquistar o respeito das criaturas são aqueles que adquirem enorme poder arcano, tornando-se magos, caçadores ou híbridos das raças dominantes.

 

Este mundo punk-gótico é assolado por todo tipo de conspirações, a maioria delas vinda do mundo místico de onde se origina a escuridão. No Mundo das Trevas, a magia é bem diferente daquela geralmente encontrada em outros cenários de RPG. Aqui ela é corrupta, maldita e sombria, destruindo e roubando pouco a pouco a essência daqueles que a utilizam, tornando-os assim cada vez mais seres da escuridão. Os abismos sociais no Mundo das Trevas são muito maiores que em nosso mundo: os pobres são miseráveis, os ricos são decadentes, e a corrupção e o sofrimento estão em todos os lugares. Os governos são corruptos e tiranos e as religiões não são mais como outrora, apelando para o macabro e para a morte, uma característica fisicamente refletida nas estátuas de gárgulas medievais que se espalham aos montes por todos os prédios, de fato, algumas dessas gárgulas não são simples estátuas… A influência gótica é onipresente na arquitetura, enquanto que o aspecto punk se reflete no comportamento das pessoas, que agem como se estivessem em uma zona de guerra. A ciência no Mundo das Trevas, longe de ser uma inspiração, um alívio ou um conhecimento para a sociedade, funciona mais como um agente do caos, guardando todo o conhecimento para si mesma, criando novos horrores e contribuindo para a desinformação e para a ignorância coletiva.

 

O Mundo das Trevas serve de ambientação para uma miríade de jogos de RPG, entre os quais destacam-se:

 

  • Vampiro: Vampiro: A Máscara

  • Lobisomem: O Apocalipse

  • Mago: A Ascensão

  • Aparição: O Esquecimento

  • Changeling: O Sonhar

  • Múmia: A Ressurreição

  • Caçador: A Revanche

  • Demônio: A Queda

 

Além desses existem vários outros suplementos que expandem o cenário e seus conceitos, a maioria dos quais inexistente em português. A White Wolf também publica jogos ambientados em outras épocas do Mundo das Trevas, como Vampiro: A Idade das TrevasLobisomem: A Idade das Trevas, que se passa no início do século XIII.

Embora cada um dos jogos tenha começado de maneira independente, com o passar dos anos os crossovers entre eles foram ficando cada vez mais frequentes, até todos passarem a fazer parte efetivamente da mesma ambientação. Isso gerou vários problemas de cronologia, sendo que frequentemente informações em um livro entravam em contradição com outras publicações. Em alguns casos, as discrepâncias eram tão gritantes que todo o material precisava ser revisado. Ao longo dessas revisões, o jogo Wraith, the Oblivion foi descontinuado, tornando-se o primeiro storyline do Mundo das Trevas a sofrer cancelamento. Outros o seguiriam nos próximos anos.

 

O FIM

 

Com o fim do Mundo das Trevas em Agosto de 2004, o Novo Mundo das Trevas é lançado conservando algumas características do primeiro, mas a temática punk-gótica foi substituída pelo tema mistérios sombrios ou dark mystery, colocando mais ênfase sobre o desconhecido e o macabro do que sobre a opressão e o desespero. Esse novo Mundo das Trevas é, sob vários aspectos, mais parecido com o mundo real, mas com diferenças fundamentais e perturbadoras, a maioria das quais não é clara à primeira vista.

Lançado em um formato mais econômico, contando com um único livro básico chamado simplesmente World of Darkness, o segundo cenário leva vantagem por ser mais coeso em termos de regras e ambientação que seu predecessor. O jogo pode ser expandido de diversas formas através dos complementos já lançados, entre os quais figuram Vampire: The Requiem, Werewolf: The ForsakenMage: The Awakening e Promethean: The Created, ambos descrevendo vampiros e lobisomens bem diferentes daqueles do original.

 

Quanto a receptividade pelo público a essa nova obra, até o momento vem causando muitas divergências, embora seja mais frequentes as pessoas que tem péssimas opiniões sobre as mudanças, principalmente os fãs do jogo Vampiro, que viram o numero de clãs cair de 20 em Vampiro: A Mascara, para meros 5 em Vampiro: O Requiém. Problemas do mesmo tipo também ocorrem dentre os fãs dos jogos Mago e Lobisomem.

Há de se destacar o fato de que os novos cenários para cada jogo recuperam o aspecto de horror psicológico, ao invés de investir meramente em politicagens e expansões desnecessárias, problema recorrente no Antigo Mundo das Trevas.

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