Refletindo sobre a Morte
"De todas as certezas que o ser humano pode ter, é o da Morte. Ele já nasce destinado à ela."
Ao cair da noite, sai para a minha caminhada rotineira aos arredores do mosteiro, mas desta vez decidi mudar de direção, ao invés de ir para o monte, meu lugar favorito onde eu podia ter a visão ampla da cidade iluminada, fui para o lago. Era noite de lua cheia, e os caminhos a minha frente à ela pertencia regando-os com seu brilho prateado. Que ela continue a me vigiar enquanto molho minhas mãos à beira do lago. Lá do monte eu costumo observar os seres humanos, eles passam de um lado para o outro com tanta pressa, mas não olham para o céu, perdem de apreciar toda essa beleza. Nesse meu tempo de existência eu refleti muito e ainda reflito sobre a morte. A vida do ser humano é uma linha tênue prestes a se romper a qualquer momento. Ela acontece num piscar de olhos, hoje eles podem estar aqui, mas amanhã não serão mais encontrados deste lado. O ser humano é tão frágil e a morte um tanto estranha para eles, por vezes ela abraça primeiro os mais jovens e sadios, deixando para trás os idosos e acamados, mas ela sempre chega. Mas o que os aguarda após a morte? Ninguém sabe, há muitas teorias onde falam que a vida continua, outros acreditam que não exista nada, que a vida acaba ali e servirão apenas de adubo para a terra. Será que existe reencarnação? Não sei, mas de qualquer forma, eu acho tão injusto a vida passar tão depressa assim!
Eu vi muitas lágrimas sendo derramadas sobre os túmulos seguido de algumas exclamações: "Se eu soubesse que seria o seu último dia, teria dito que o amava, teria sido melhor para ele!"
O grande espiritualista Chico Xavier já dizia: "Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito."
- Alma Cappadocius