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O Adeus


Luz Cappadocius com olhar ao horizonte, e flâmula com brasão do Clã ao fundo.

A pedra fria me acometia, sentia um vazio devastador.

Morto, eu estava realmente morto. Não quero dizer a morte física, eu já havia me acostumado com este estado, nem vivendo e nem morrendo.

Os corpos ao meu redor, a carne podre, o cheiro de morte, o pulso inativo, o coração inerte. Os sintomas da morte faziam parte do meu ser e por alguma razão eu sentia gozo em ter me tornado assim.

Mas agora não, não é realmente esta sensação que quero dizer. A morte para mim tornou-se um grande esvaziamento dos objetivos e do desejo de prosseguir.

De querer fechar os olhos e não pensar mais em nada.

Creio que a morte seja o esgotamento do pensar. O fim das noites seja para mim, matar toda a vontade de continuar a viver pela metade.

O que será de mim? Para onde eu vou?

Ah! Eu não tenho ideia...

Certa vez falaram-me sobre um lugar... Um lugar onde não há vícios, onde não exista sofrimento, nem dor. Onde sucumbimos aos desejos do Sangue e da Fome.

Estarei bem perto de descobrir... E se não voltar, quer dizer que encontrei este lugar encantador. Mas peço-os,

Lembrem-se de mim pelos meus feitos, pelos nossos objetivos e pela nossa grande causa... Nós estamos ainda muito longe de alcançar as respostas e há muito caminho a percorrer.

Mas a estrada é longa para vocês, minhas crianças. Ousem, descubram o seu caminho.

Saibam exatamente onde querem chegar.

Até lá ficarei com um adeus.

Elveda!¹

Luz Cappadocius, in O Adeus. ¹ Adeus em turco

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