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A Vingança (RP)

"A corte afiou sua espada, e muito sangue inocente foi derramado. E cada gota desse sangue chama por vingança. Rios de vida secaram e não haviam mais lágrimas a serem derramadas. Os meus olhos e meu sorriso infantil escureceram-se, meus gritos cessaram ao meu silêncio. Meu coração em meu peito inconstante, Morto. Me refugiei em trevas. - A filha do demônio está viva! - Foi o que disseram. Afiaram o aço de suas espadas e se ergueram em uma caçada frenética. Homens malditos, que, nesta terra miserável fazem questão de mostrar as feras que são. Deixem que venham até mim, e eu, mostrarei o monstro que sou e a vida destes tomarei em minhas mãos."


- Alma Cappadocius


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Regressar a sua cidade de origem causou um certo desalento em Alma. A neófita passou em frente a sua antiga morada, já abandonada, pois os moradores de Salém não ousaram tomar posse de um lugar que no acreditar deles estava amaldiçoado. Este momento lhe trouxeram lembranças, estas boas e ruins. Ela ainda podia ouvir os sorrisos, os cânticos e podia sentir o aroma da relva e as amoras sendo colhidas no verão. Da mesma forma que pudera ouvir os murmúrios, os julgamentos, o desespero de pessoas inocentes e os estalos das madeiras sendo consumidas pelas chamas da injustiça. O sentimento de algo inacabado estava prestes a se extinguir. A sede de vingança deflagrava em seu peito. Seu escopo, a igreja. Já passava das 10 horas da noite, e é para lá que ela seguiu caminho... Alma se aproxima da igreja morosamente, mantendo uma distância da qual não pudessem perceber a sua presença. Ela avista o Padre Gregório deixando a igreja com um de seus fiéis. O padre o acompanhava até sua residência, deixando as portas da igreja aberta em sinal de que ainda voltaria para fecha-las. Alma aproveita o momento de sua ausência para adentrar na igreja com rapidez. Ela esperava pacientemente no altar o retorno do Padre. Depois do mesmo aconselhar um servo fiel sobre entregar sua esposa que supostamente estava praticando magia negra , retorna a Santa Igreja para preparar a missa do dia seguinte e os manuscritos autorizando a execução de alguns prisioneiros que procederam contra a fé verdadeira. No momento em que ele puxa as grandes portas de madeira, trancando-as com uma tora e seus trincos, ele se volta para frente, deparando-se com uma figura feminina no altar...

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Padre Gregório: - O que você faz nesse altar? Somente o clero pode subir ai, pecadores são indignos de pisar nele! Não toque nas sagradas escrituras! *Ele caminha em sua direção com passos rápidos falando em tom imperativo e autoritário* - A igreja está fechada, retire-se imediatamente se não quiser que eu a mande pra tortura!


Alma Cappadocius: *Alma segura em sua mão uma adaga que encontrara em cima do altar juntamente com alguns manuscritos e uma bíblia sagrada. Com a ponta da lâmina, ela folheava despretensiosamente aquela bíblia quando seus olhos vão de encontro ao padre que acabara de chegar a repreendendo com voz autoritária* - Olá, Padre! Isso é jeito de tratar quem já foi uma de suas fiéis? 'A filha pródiga retorna ao seu lar.' *Fala Alma em tom sarcástico e baixo, ainda segurando a adaga em suas mãos que agora arranhava o altar de madeira talhado a mão alguns símbolos religiosos, enquanto a mesma andava em torno do altar posicionando-se agora a sua frente. Ela utilizava um capuz preto que cobria seu rosto acompanhando a cor de seu longo vestido impedindo de ser reconhecida.* - Possui uma linda bíblia!


Padre Gregório: - Mulher audaciosa! O que pensa que está fazendo? *O sacerdote da igreja não estava acostumado a ser contrariado. Todos possuíam grande temor pensando no que ele poderia fazer se alguém o irritasse. Subir, tocar, mexer no altar era algo somente destinado ao clero, pois acreditavam ser uma área sagrada onde só os homens da verdadeira fé podiam ficar. Apesar de idoso, possuía grande força, que era movida pelo ódio, raiva. Há muito havia esquecido sobre os ensinamentos básicos de sua fé, que era o amor, compaixão e servidão.* - Você está flagelando o altar divino! Será torturada nos calabouços por isso! *Ainda num ato de autoritarismo, ele a pega pelo braço tentando afasta-la do altar e tira-la dali. *


Alma Cappadocius: *No mesmo instante, Alma puxa seu braço livrando-se das mãos do Padre tentando conter a raiva que queimava em seu peito, ela segurava a vontade que tinha de dilacerá-lo naquele momento.* - O Sr não sabe mesmo com quem está falando. Acha certo os ensinamentos que administra em sua divina religião, mandando inocentes para a tortura e morte sem ao menos ter provas de atos criminosos que os mesmos cometera? Fiquei por muitos anos trancafiada naquilo que chamavam de convento. Mas tive minha vitória e os ensinamentos da verdadeira palavra divina me fora concedidos. Agora mostre-me em sua bíblia onde é que o seu Deus manda torturar, açoitar crianças e matar pessoas inocentes? Ahh, Padre! * Alma revela seu verdadeiro rosto ao Padre após sua pronuncia retirando o capuz de sua cabeça.*


Padre Gregório: - É você sua herege! Achei que havia morrido! Você tem demônio! *Ao contemplar o rosto de Alma, ele se afasta com espanto diante daquela figura mórbida, pálida, sem vida e segura o crucifixo em seu peito.* - Você terá o mesmo destino que sua mãe teve!


Alma Cappadocius: *Alma dá gargalhadas divertindo-se com o seu tom autoritário e de condenação* - Hahahaha! Padre, Padre. Demônios??? Todos nós temos, são nossos demônios internos sussurrando-nos o que devemos fazer. Lutamos com eles diariamente, até o senhor! Agora, os monstros é difícil de controlar, quando os próprios somos nós. O meu destino já foi selado há anos atrás. Não se pode matar aquilo que ainda acha que está vivo...mas não está. Eu morri de todas as formas imagináveis, meus gritos se calaram ao meu silêncio. Não se ouviram mais falar de mim, mas minha alma nunca descansou... Até agora. *Alma dá dois passos em direção ao Padre dando um sorriso erguendo o canto de seus lábios.* - Sim! Sou eu, Padre! * Alma estende seus braços na altura dos ombros, largando a adaga no chão e dando uma volta em torno de si mesma.*


Padre Gregório: - Afaste-se! *Ainda com o crucifixo na mão, ele impunha a ela palavras de exorcismo em latim. * - A maldição da sua mãe se estendeu a você! Eu tentei purifica-la naquele lugar. Mas convento não foi o suficiente para sua purificação! Eu deveria ter executado você junto com aquela herege! *Referindo-se a sua mãe deu alguns passos para trás em direção a uma porta menor que se encontrava na lateral da igreja.*


Alma Cappadocius: *Alma percebendo que ele planejava sua fuga por aquela porta, se posiciona na frente dela com grande rapidez impedindo a passagem. Alma mantém-se atrás do Padre inclinando seu corpo para frente chegando bem próximo do ouvido dele.* - VAMOS PADRE, É SÓ ISSO QUE SABE FAZER, ENTOAR SUAS PALAVRAS DE EXORCISMO? SENDO QUE FOI O SEU PRÓPRIO DEUS QUE LANÇOU A MALDIÇÃO SOBRE NÓS E NÃO OS DEMÔNIOS, OU SERIA BENÇÃO?! *Alma fala em tom de voz alta devido a sua raiva e um breve frenesi, se recompondo logo em seguida.* - Não que eu ache isso uma maldição, ao contrário, me trouxe muitos benefícios e muitas portas se abriram ao meu favor, uma delas está aberta agora, me oferecendo aquilo que vim buscar. A propósito, o Sr. não purifica ninguém, Padre. O que vai fazer agora sabendo que 'a filha do demônio está viva'?


Padre Gregório: - O demônio age através de você! *Ele entra em desespero porque não conseguiria fugir diante daquela velocidade nunca antes vista (Rapidez, Nível 2 - Explosão). Começa a bradar causando ecos dentro da igreja.* - ESTAMOS SENDO ATACADOS POR BESTAS MALIGNAS! ME ACUDAM, TRAGAM TOCHAS E ESPADAS! *Aponta o crucifixo para Alma, voltando a falar em latim suas palavras de exorcismo. Para um fiel verdadeiro, a repreensão seria capaz de espantar a ameaça. Entretanto, aquele sacerdote havia se esquecido há muito o verdadeiro significado de sua fé e ensinamentos fazendo o que quisesse com as pessoas ao seu redor. * - ALGUÉM!? *Ainda bradando. *


Alma Cappadocius: *No momento em que ele começa a gritar por socorro, Alma arranca o crucifixo de sua mão lançando-o no chão, tão rapidamente segura o Padre pelo pescoço arremessando-o contra a parede e segurando-o em uma altura na qual não pôde encostar seus pés no chão.* - GRITE MAIS ALTO! ESTÁ COM MEDO, PADRE? Posso ver sua aura amedrontada (Auspícios, Nível 2 - Percepção da Aura). Hahaha! Gostaria de ver alguém tentar me parar nesse momento, sendo que a morada mais próxima é ainda distante para alguém ouvir seus gritos. *Com outra mão, Alma arranca do pescoço o amuleto dado pela sua mãe ainda em vida enquanto segura o Padre contra a parede. Com a mão que ela segura o amuleto aponta para o corredor da igreja.* - Quero lhe mostrar uma coisa. *Alma invoca o fantasma de sua mãe já falecida utilizando um ritual do qual já tivera aprendido (Necromancia, Linha do Sepulcro, Nível 2 - Invocar o Espírito), no intuito de que o Padre a veja e se conscientize pelo que cometera, não só a ela mas a outras tantas pessoas que foram condenadas injustamente. Alma queria fazê-lo sofrer* - Martha, minha mãe, eu a invoco neste momento, solicito a sua presença! *Alma usa sua percepção para sentir a presença de sua mãe fluindo naquele local. Tão logo, o fantasma dela começa a aparecer, como uma sombra tornando-se mais visível até a altura de poder ver perfeitamente seu estado físico como era antes de sua morte. Alma manteve seu olhar na face assustada do Padre.*


Padre Gregório: - Cof cof! Her- cof cof - ege!! *Sentindo falta de ar por ser agarrado pelo pescoço, ele arregala os olhos e se debate tentando se desfazer daquela mulher, naquele momento acreditava estar diante do demônio encarnado após ver o fantasma de Martha* - Aargh! Cof! *Tentando bater em Alma com os punhos desesperado. *


Alma Cappadocius: *Alma o solta no chão na intenção de que ele pudesse ver o fantasma de sua mãe mais claramente*- Olhe Padre, esse é o rosto da mulher em que ateaste fogo naquela noite, lembra? Pois, olhe bem.


Padre Gregório: *Após Alma soltá-lo, não se conteve em pé, caindo no chão ao mesmo tempo em que contemplava aquela visão fantasmagórica . Ele puxa uma pequena adaga amarrada a uma corda que ficava na altura de sua cintura, arrebentando-a, perfura a coxa esquerda de Alma afim de incapacita-la de correr, logo após ele se vira de costas tentando abrir a porta. *


Alma Cappadocius: *Alma solta um grunhido monstruoso e extrai suas presas. A besta veio à tona. Tão rapidamente ela consegue se livrar da adaga e puxa o padre pelos pés que estava prestes a fugir e o arremessa para a outra parede contrária de suas direções. Ela se joga sobre ele, imobilizando-o no chão.* - VOCÊ OLHOU BEM PARA ELA, PADRE? *Alma grita segurando-o pelo seu queixo inclinando sua cabeça em direção a sua mãe, forçando-o a olhar para ela.* - Pois veja, a face dela e a minha será a ultima da qual verás em sua vida inútil. Não matarás mais ninguém em nome de nenhum Deus. Condenaste a si mesmo com seus atos. *Alma aperta ainda mais seu queixo, deixando sua cabeça inclinada para o lado, evidenciando o seu pescoço. Ela propaga o sentimento de morte naquele momento, aguçando seus sentidos podendo assim ver sua jugular pulsar com rapidez, ouvindo as batidas desesperadas do coração dele e o sangue circulando por suas veias (Auspícios, Nível 1 - Sentidos Aguçados). *


Padre Gregório: *Ele tenta virar o rosto, focalizando naquele fantasma mesmo sem querer, tomado de terror. Ele se mexe afim de se desvencilhar, mas todo esforço é em vão. Ele sente seu corpo gelar diante da morte e fecha seus olhos. *


Alma Cappadocius: - Espero que tenha tido tempo de se arrepender de seus pecados nessa nossa pequena prosa, Padre. Aqui todos nós somos pecadores, mas assim como existe a Fé Verdadeira, também existe o perdão. Mas este não será dado por mim. Peça Àquele que lá acima. *Alma conclui sua fala aproximando-se de seu pescoço.*


Padre Gregório: "Perdoe-me, Deus, se errei. Apenas queria que todos enxergassem a Tua verdade. A minha alma entrego a Ti, estou livre desse mal, pronto para ser recebido no Paraíso enquanto estas criaturas estão condenadas a vagar eternamente longe de sua luz." *Ele relaxa seu corpo entregando-se totalmente.*


Alma Cappadocius: *Com seus Sentidos Aguçados, Alma congela por um momento ao conseguir ouvir os pensamentos do Padre (Auspícios, Nível 4 - Telepatia). Uma lágrima de sangue escorre pela sua face direita. Mas ela está decidida em concluir aquilo que começou. Sem mais delongas, ela avança na jugular do Padre, perfurando sua pele, alimentando-se de seu sangue. Quando Alma sentiu o corpo dele desfalecendo, ela se afasta por um momento e o olha nos olhos marejados e cansados. Sem dizer mais nenhuma palavra levanta seu outro braço, tomando impulso contra o peito do Padre, rasgando sua carne, alcançando seu coração e arrancando-o para fora de seu corpo.*


Alma Cappadocius: *O fantasma de sua mãe foi se dissipando. Alma já não sentia mais sua presença. Ela se coloca em pé obervando o corpo do Padre estirado ao chão enquanto ela segura em suas mãos aquilo que lhe dava a vida, o seu coração.*


Alma com coração do padre na mão.

Alma Cappadocius: *Ela deixa a igreja lentamente com a perna ainda ferida, se direcionando para o local onde sua mãe fora morta. Chegando lá, diante do tronco onde eram feitas as execuções na fogueira, ela se prostra de joelhos, deixando seu corpo cair no chão. Coloca o coração do Padre nos pés do tronco, ateando fogo no mesmo, e chora, pois ainda há muito de Humanidade em si. Chora por saber que algo muito precioso lhe fora tirado apenas quando era uma menina. Chora por saber que seus sonhos se perderam no esquecimento e que jamais poderiam ser concretizados. Chora pelo peso da vingança que carregava em seu peito até então, no momento em que o finalizou matando o último responsável pelos massacres cometidos em Salém naquela época onde nem sua mãe fora poupada . Sua vingança está consumada.*


Alma Cappadocius: *Alma ainda de joelhos, inclina seu corpo para trás e grita fechando suas mãos ensanguentadas em punho, como se por um momento, pudesse aliviar sua alma atordoada. Logo em seguida, ela se coloca de pé deixando o local sem olhar para trás. Ela parte de volta para o seu Clã, determinada em continuar nos seus desígnios.*


Alma do lado de fora da igreja perto de uma fogueira

- RP realizado por AlmaCappadocius e YongOliveira.


-Quero agradecer ao meu amigo, YongOliveira, pela paciência e dedicação na realização desse RP interpretando o Padre Gregório!

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