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Criação de Personagens: Natureza e Comportamento

"Se a Covardia emprestar-me seu coração

E eu seguir o seu comando

Nunca atingirei aquilo que procuro.

Certamente, estou assaz envergonhado

Por até mesmo ter pensado em deter-me –

Meu coração está enegrecido de tristeza."

- Chréten De Troyes, Lancelot

Costumamos pensar que “falsidade” é uma inovação estritamente moderna. Os tempos antigos, alguns afirmam, eram mais honestos. Tudo era muito claro, certo?

Errado. Antes de mais nada, as intrigas da corte exigiam mais subterfúgios do que nós, pessoas modernas, poderíamos aprender; e até o camponês comum tinha que ser cuidadoso com o que dizia e a quem dizia. Afinal de contas, na Idade Média sua vida poderia depender de quão bem você conseguiria enganar alguém – punições pesadas aguardavam aqueles que pareciam estar muito inclinados aos sentimentos “errados”.

Em termos de jogo, os arquétipos de personalidade refletem os subterfúgios diários utilizados pelas pessoas. A Natureza de um personagem representa sua personalidade interior – seu “verdadeiro eu”. Seu Comportamento, por outro lado, reflete os aspectos que outras pessoas veem – sua “face pública”, Obviamente, ambas as Características podem ser iguais, mas a maioria das pessoas age de modo diferente em público do que em particular. As Características de uma pessoa honesta serão as mesmas – ou pelo menos semelhantes.

Os Vampiros (e outros personagens) também recuperam sua Força de Vontade através de ações que se ajusta à sua Natureza. Se um Ventrue Samaritano derrama seu sangue para proteger alguém do seu círculo de amigos (especialmente se o companheiro vem de um clã diferente), ele recupera um ou dois pontos de Força de Vontade que tenha gasto durante a história. Obviamente, isso só acontece se o personagem realizar um ato realmente notável durante a história – você não pode simplesmente dizer, “eu dou um centavo para o mendigo na rua”, e conseguir recuperar sua Força de Vontade.

Entretanto, ao agir de acordo com nossos códigos morais, reafirmamos a nós mesmos. Portanto, um personagem de jogo recupera sua Força de Vontade do mesmo modo.

Se um personagem fizer algo realmente apropriado, seu jogador pode pedir ao Narrador para recuperar Força de Vontade através dessa ação. Dependendo do que aconteceu, o Narrador pode conceder a este personagem três pontos (por algo realmente significativo ou penoso), dois pontos (por uma tarefa importante ou um sacrifício), um (por um pequeno feito) ou até mesmo nenhum (por uma ação insignificante ou que o jogador realizou apenas para readquirir Força de Vontade).

É importante lembrar que a Natureza e o Comportamento não são “classes de personagens” rígidas; na verdade, eles funcionam como dicas de interpretação, oferecendo-lhe algumas orientações sobre como o seu personagem pode agir sob determinadas circunstâncias.

Os arquétipos também podem ajustar os Narradores a ter uma ideia sobre o seu personagem ou podem influenciar a opinião de um personagem não jogador sobre ele. A reação de um duque quanto a uma dama de Comportamento Rebelde será, digamos, um pouco mais ríspida do que se a mesma dama parecesse mais com uma Samaritana.

Vampiro A Idade das Trevas - Personagens Capítulo 4, pág. 109.

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