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† Parte 2 - Entre o céu e as trevas


Isolado na mais absoluta escuridão,

Não aos clarins,

Não as nuvens,

Mas o silêncio.

Esfregou os olhos e concentrou seus sentidos de forma a inspecionar a sua volta

O nada, nas trevas submerso ele estava

E o nada haveria de ser sua cela para aquele tempo.

Zonzo, sua cabeça doía,

Não as melodias

Não as formosas feições

Que o repelia e também o atraía.

Poderia ele imaginar que no meio daquele mundo de monstruosidades, caçadores e caçados

Criaturas da pior espécie com formas diversificadas atraíam suas presas impiedosamente,

Criatura que do qual ele também se transformara.

Poderia fazê-lo reencontrar sua alma que ali não mais residia?

O esplendor daqueles olhos lhes diziam em suplício:

“E eu quero ser quem lhe fará parar de complicar tudo.

Então que tal começar a acreditar MESMO no que eu falo!”

A Jyhad consumia a família inteira em ódio e vingança

Ninguém saíra ileso tampouco os mais isolados deles.

É o jogo, que não permitia desistentes.

Oscilante entre ser e o querer ser

Seu coração era frio e calculista

E ela estava ali, apresentando-lhe alguma forma de paz, de amor e de um resgate daquele mundo sombrio que em séculos aprendera se moldar para existir.

Viu-se desarmado e novamente vivo,

Recusou não acreditando na doce paz que ofertava aquele genuíno coração.

Foi preciso mergulhar nas trevas e no puro breu, sorver-se em lágrimas,

Sozinho, sem rumo e sem chão.

Ele buscava o céu. Golconda, a sua paz

Ele teve o céu nas mãos

Mas acovardado pelos medos foi consumido pelas Sombras.

Sua pele arde, seu coração sangra

E tudo o que ele queria nesta prisão em que ele mesmo se colocara

Era poder merecer o céu novamente.

|Parte 2 - Entre o céu e as trevas, Luz Cappadocius

(Continua...)

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