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A vida noturna chamava A lua apontava no céu negro apinhado de estrelas Noite perfeita para a caça, As criaturas notívagas estão mais avivas na semana da lua cheia Forças sobrenaturais os inspiram A semana que embala os mortais em eventos ao luar Por entre os campos e costeiras, praias e terraços todos irão a contemplar.
É noite de caça, Predadores estão às espreitas e presas desprotegidas circulam soltas nesta noite fresca primaveril. Dentro dos esquadros de pinho, mãos encruzam o peito, repouso
Ouço o chamado: é tempo de caçar! “Levante e venha, junte-se a nós!” as vozes ecoavam em seus ouvidos num sussurrar breve. As famílias se devoram pela caça e pela terra, Lutam até a morte pelo sangue antepassado, pelo poder, Aferrenham-se e não sabem o que os motivam.
Nasci no abandono do lar, cresci solitário com meus fantasmas E com vozes que sussurram ao meu ouvido, ainda hoje. E amaldiçoado pela cruz, sou eternamente um.
Indiferente, torno a cerrar os olhos E aos poucos o bulício da noite viva se esvai de meus ouvidos... Estou dormindo...
- Oh! Pai até quanto mais?! (em torpor)
Luz Cappadocius, 16 de outubro de 2015.