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† A Névoa Negra - parte I


Olhei para trás e uma névoa negra e densa nos engolia, não me permitiu ver um palmo a minha frente. Olhava a frente e o desconhecido me amedrontava Eu não me via sem você

Esperava que corrêssemos juntos do perigo iminente que a névoa nos provocou Segurei firme em suas mãos, eu não pretendia soltar,

E pelas pontas dos dedos,

Em algum momento, afrouxaste a mão E não fui capaz de aguentar toda força reversa que nos apartava Me perdi de você

Nem mesmo meus sentidos aguçados funcionaram naquele momento.

Quis compreender porque queria ficar lá, Porque desistiu de continuar,

Porque me abandonou.

A névoa foi se dissipando mas não tinha mais você ao meu lado

As vozes que sussurravam no escuro, foram vorazes,

- Tape os ouvidos! - Não veja! Eu implorava. - Estas imagens são criações do absurdo! Mas abristes os olhos e ouvistes as vozes do mal.

Virei-me em um momento para ti, Não era você que ali estava, teus olhos vertiam chamas, eram negros O mal se instalara em ti, Era forte demais...

Seus passos ficaram lentos, - Vamos! Venha por favor, não desista! Eu gritei.

E aquele ser ponderado, todo dotado de benevolências, Esvaiu-se em meio as brumas

A névoa era temporal, eu lhe disse.

- Calma! Vai passar. Mas ficaste lá, imóvel. Foi sua escolha...

Não pude retornar, as cortinas do negro véu a devorou, Envenenou sua alma.

O ser sorria com escarnio,

Me perdoe, eu não fui capaz de salvá-la, meu amor.

A minha frente um novo caminho se abriu, E que dor eu sinto em segui-lo, com sua ausência.

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